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“Pais felizes, crianças felizes” é um dos lemas da Parentalidade Positiva
O livro Crianças Felizes foi escrito para partilhar com os pais a magia de educarem os seus filhos com base no respeito mútuo que dá origem a relações com mais significado.
Estive à conversa com a Magda Gomes Dias para conhecer mais o seu trabalho e este maravilhoso livro.

Para quem não te conhece, quem é a Magda Gomes Dias?
Esta é daquelas questões sempre traiçoeiras porque não sei se a questão é colocada com o intuito profissional ou pessoal… por isso aqui vai aquilo que pode ser engraçado de se saber… Sou mãe de 2 crianças, sou esposa, filha, irmã, tia e profissional de uma área que me apaixona! Adoro todas as esferas da minha vida e o meu trabalho tem uma importância muito grande, ocupando uma fatia gigantesca daquilo que faço e de quem eu sou.
Sou curiosa, irrequieta, uma minimalista em progresso [ainda muito longe] – a perfeição assusta-me mas adoro a ideia de estar em melhoria contínua e falhar [que falho!] serve-me para melhorar, a cada dia.
Magda, és uma mulher muito dinâmica, és mulher, mãe, blogger, formadora, responsável pelos recursos humanos de uma empresa… como consegues conciliar tudo?
Não é assim nada de extraordinário, na verdade. Não há grandes segredos. Antes de tudo, sempre fui assim: sempre tive necessidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Sempre estudei e trabalhei, sempre estive em dois projectos profissionais e em várias frentes e por isso mudar isto é que seria diferente para mim. Tenho de estar sempre a aprender e para que tudo isto seja possível tenho de estar apaixonada por aquilo que faço! Isso permite-me estar a responder a este questionário às 5h30 da manhã de um Sábado – mas só assim é possível. Paixão, entrega, disciplina e muito trabalho [adoro trabalhar!!] porque nada cai do céu – a não ser a chuva. E, sinceramente, para mim, não teria a metade da graça se não fosse assim!
Falando do Livro do dia, como foi o “Making of” de “Crianças Felizes”? Como foi o processo de escreve-lo?
Foi bom – foi um misto entre preparar um workshop e escrever um post, exigindo alguma ordem, alguma tolerância à frustração. Percebi que o livro está a ter um grande impacto quando comecei a receber feedbacks incríveis de pessoas que me dizem que o livro levou felicidade às suas casas, que estão a gerir os fins-de-dia mais eficazmente e que a relação com os filhos mudou e tornou-se mais simples. Então o livro está a cumprir o seu propósito – fazer pessoas felizes!
O livro aborda a questão da Parentalidade Positiva. O que é isso?
É uma filosofia que tem por base o respeito mútuo entre pais e filhos e porque ele acontece, então não tem de se usar a palmada, o castigo ou a humilhação porque existem outras estratégias que trabalham a base do comportamento e que ajudam a criança a ser e sentir-se mais responsável e a escolher o seu comportamento. O mesmo se aplica para os pais.

O livro sugere uma relação entre a autoridade dos pais e a autoconfiança e autoestima dos filhos. Isto é possível? Como fazê-lo?
Não só é possível como é determinante que aconteça e é simples. Como é que eu consigo equilibrar autoridade e auto-estima ? Com base no vínculo que tenho com os meus filhos. Um vínculo sólido – que é a qualidade da relação que tenho com os meus filhos e eles comigo – é que me vai ajudar ao nível da autoridade. Eu não quero filhos que se tornem em adultos que andam a toque de caixa. Eu quero filhos [e futuros adultos] que saibam que aquilo que eu peço é justo e que é bom para eles. E mesmo que eles não queiram fazê-lo, vao aceitar porque vão querer cooperar – e não obedecer. A Autoridade parental tem de existir e ela vai manifestar-se na forma como os miúdos vão cooperar. E por autoridade eu entendo alguém que coloca limites porque sabe que esstes servem para proteger a criança à medida que ela vai crescendo. Por outro lado, quanto melhor for a qualidade do vínculo mais a criança se sente importante e tida e achada – e isso ajuda-a na sua auto-estima – sente-se valorizada.
Como pode o livro ajudar a construir/fortalece relação pais e filhos?
A base do livro é essa – ajudar os pais a olharem para as situações e ajudá-los a sair dos jogos de poder em que se entra ou ajudar uma criança em termos da sua inteligência emocional e auto-estima. Este livro está cheio de ideias e exemplos que são muito, mas muito rapidamente aplicáveis.
Ao folhear o livro e na exposição que fazes de diferentes situações, recordei o tempo que trabalhei com crianças e tenho mais uma vez a sensação que nos, adult@s, nos esquecemos que uma criança é um adulto em formação, também achas isso?
Sem dúvida! Somos os primeiros a faltar ao respeito quando lhes dizemos para pararem de chorar porque não faz mal, somos os primeiros a gritar, a ameaçar, a agredir, a fazer caras de maus ou, simplesmente, a não nos interessarmos, verdadeiramente. Achamos que os miúdos não entendem tudo, não atingem. E isso é, claramente, a amostra que nos esquecemos que temos ali uma criança que é um adulto em formação.
O livro fala também sobre a importância da inteligência emocional…
Há um capitulo dedicado apenas a isso. Todos, adultos incluídos, temos uma literacia emocional muito baixa e é importante que possamos saber chamar as emoções pelo nome para as gerirmos – e isso começa desde pequeninos. Quem sabe o que sente, sabe mais facilmente sair de um determinado estado e passar a outro.
No teu site e blog encontramos dicas, explicações e respostas sobre como educar os filhos sem palmadas, castigos, humilhações ou subornos. Com um único objectivo: Ter relações com significado e crianças felizes! Sem dúvida a educação quer dos pais quer filhos é o caminho para sermos pessoas melhores (diferente e muito mais interessante do que ser pessoas perfeitas). A educação positiva é uma ferramenta vital para conseguir que as menin@s e os meninos e jovens sejam felizes assim como capazes de se identificar sem condicionamentos. Neste sentido podemos englobar na Educação e Parentelidade Positiva a educação para igualdade. Ou seja a educação para desconstruir de ideias sexistas pré-concebidas e os estereótipos de género. Neste sentido o que destacarias ser importante na educação com respeito às crianças?
Educar de forma positiva, com base no respeito mútuo é fundamental. Aceitar a natureza dos meus filhos, sejam eles tímidos, energéticos, rapazes ou raparigas que gostem mais de uma coisa que outra… sim, sem dúvida!
Aceitar a natureza é o primeiro grande passo. Só quando aceitamos a natureza do nosso filho é que ele está em condições de se sentir livre para crescer em segurança e conseguir transformar-se naquilo que deseja. É um processo duro e difícil mas que, para bem de todos, é determinante que aconteça! E uma aprendizagem e é de louvar quem deseja fazê-lo.
A Livraria Confraria Vermelha tem entre os seus objectivos visibilizar as desigualdades de género no mundo literário e desenvolver iniciativas para promover a equidade no mundo das letras. Consideras que as escritoras estão em pé de igualdade com os escritores? Que opinião tens sobre os projectos de Livrarias de Mulheres como a Confraria Vermelha?
Conheci-vos através de umas partilhas no facebook e achei a ideia extraordinária. Possivelmente há desigualdades mas não as consigo identificar porque acredito que esteja pré-formatada… :) Curiosamente, estudei literatura pelas mãos da Ana Luísa Amaral e conheci imensas escritoras – agora que penso, acho que foram só mulheres – e por isso tenho um respeito enorme e admiração pelo trabalho da mulher nesta área – e quando penso no mundo das letras penso, inevitavelmente, em mulheres – muito pouco em grandes escritores –que os há, mas em primeira linha estamos nós.. Curioso, não é?
Queres acrescentar mais alguma coisa…
Que é um prazer enorme fazer parte deste ciclo de entrevistas :)
Gostei tanto de entrevistar a Magda Gomes Dias que desafie a editora Esfera dos Livros para fazermos um sorteio, e cá está ele! A Confraria Vermelha e a Esfera dos Livros sorteamos um exemplar do livro Crianças Felizes, que pode ser vosso com um comentário neste post. Deixem uma frase que inclua estas duas palavras: crianças e felizes.
O sorteio será realizado entre todos os comentários publicados até às 18h00 da próxima terça-feira, 9 de Fevereiro ’16. O comentário vencedor será anunciado do dia 10 de Fevereiro neste mesmo post ;) Boa sorte. Até lá leiam e espalhem sororidade ♥
A vencedora é Parir em Paz / Catarina Pardal. Muitos parabéns. Para receberes o teu livro envia um email com a tua morada completa para osteuslivros@gmail.com

Junt@s somos felizes, porque junt@s somos crianças!
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Com pais mais confiantes e tranquilos, mesmo com os medos e as inseguranças, teremos crianças mais felizes e, no futuro, adultos mais equilibrados.
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Que felizes as minhas crianças vão ficar se eu receber este livro
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Perguntaram-me o que me faz sorrir todos os dias, será que há algo melhor do que ver o sorriso das nossas crianças felizes?!
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Perguntaram-me o que me fazia sorrir todas as manhãs, é que há coisa melhor do que ver o sorriso das nossas crianças felizes?!
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Através da parentalidade positiva torna-se mais fácil educar as nossas crianças fazendo delas, assim como os seus pais, seres mais felizes… Crianças felizes, pais felizes!!!
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Uma criança feliz é consequência de uma família feliz!
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Crianças felizes, serão adultos responsáveis e com valores ecuménicos.
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Com Educação e Amor teremos crianças felizes a viver num mundo melhor!
;)
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Crianças felizes devia ser a prioridade do mundo, enchem todos de alegria, contagiam e irradiam sonhos e esperança!
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O sorriso de uma criança é uma luz que guia, a gargalhada de uma criança é uma doce melodia que toca nos corações…crianças felizes são um amanhã melhor.
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O sorriso de uma criança é a luz que guia, a gargalhada da criança é uma melodia que toca nos corações, uma criança Feliz é um amanhã melhor!
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A vida torna-se tão simples quando vemos as nossas crianças felizes!
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As crianças felizes de hoje serão os adultos do amanhã! :-)
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Crianças felizes pais felizes!
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O sermos felizes é uma construção diária, em conjunto com as nossas crianças.
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Ter crianças felizes depende de nós!
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Se amar nos faz felizes, amemos como se fossemos crianças todos os dias, porque os seus gestos e emoções são feitos do mais puro amor.
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Talvez quando se compreender que uma criança é um ser único, uma personalidade única que tem o seu próprio caminho de crescimento e não é uma extensão dos sonhos e desejos dos pais, talvez o mundo fique repleto de crianças e adultos mais felizes e mais capazes.
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Não há nada mais gratificante que ver as crianças felizes pois dá-nos uma nova esperança no futuro.
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O mundo é belo quando as crianças são felizes!
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Se não há crianças felizes não é a minha revolução!
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